Die Zauberflöte - A Flauta Mágica - Wolfgang Amadeus Mozart




Die Zauberflöte KV 620 (em português "A Flauta Mágica") é uma ópera em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart, com libreto alemão de Emanuel Schikaneder. Estreou no Theater auf der Wieden em Viena, no dia 30 de setembro de 1791.

Schikaneder era companheiro de loja maçônica de Mozart. À época, por influência da Revolução Francesa, a maçonaria adquiria simpatizantes ao mesmo tempo que era perseguida. A ópera mostra a filosofia do Iluminismo. Algumas de suas árias tornaram-se muito conhecidas, como o dueto de Papageno e Papagena, e as duas árias da Rainha da Noite. Os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa transparecem em vários momentos na ópera, por exemplo quando o valor de Tamino, protagonista da história, é questionado por ser um príncipe, e que por tal motivo talvez não conseguisse suportar as duras provas exigidas para entrar no templo. Em sua defesa, Sarastro responde: "mais que um príncipe, é uma pessoa".

100 melhores músicas clássicas para ouvir online - Die Zauberflöte - A Flauta Mágica - Wolfgang Amadeus Mozart


A Flauta Mágica foi produzida no século XVIII, período histórico em que a linha de pensamento do homem sofria uma mudança radical através do Iluminismo, ideologia que defendia o fim das superstições medievais cultivadas pela Igreja durante a Idade Média e a valorização de uma visão de mundo racional, em que a sabedoria aparece como única possibilidade de justiça e igualdade entre os homens, o que imediatamente coloca em xeque as relações de poder e subordinação da sociedade da época e a legitimidade dos aristocratas e das tiranias.

Nesse contexto, A Flauta Mágica apresenta-se como uma ópera de formação e como uma alegoria para as provações pelas quais o homem precisa passar para sair das trevas do pensamento medieval em direção da luz iluminista. Assim, as principais personagens Tamino e Pamina enfrentam os obstáculos impostos pelos membros do Templo da Sabedoria para juntos, ao final da ópera, encontrarem a realização plena e a união ideal.

Em sua jornada, o casal conta com a ajuda de Sarastro, soberano que simboliza o homem racional que detém o poder por sua sabedoria – não pela força – e que é capaz de ser sempre justo com qualquer cidadão que busque seus conselhos. Sarastro não é a resposta para a sabedoria, mas o caminho para se chegar até ela, ao guiar o homem em sua jornada pessoal em busca da autonomia e liberdade de pensamento. Nesse sentido o personagem entra em contraste direto com a Rainha da Noite, a vilã da história que figura como tudo aquilo condenado pelo Iluminismo: a superstição, a irracionalidade, a aristocracia, a tirania e a subordinação tanto social quanto intelectual, ao ditar tudo o que seus inferiores devem ou não pensar e fazer.

A ópera também apresenta influência dos ideais da sociedade maçônica(maçonaria- religião) – da qual se sabe que Mozart e Schikaneder faziam parte –, principalmente no que diz respeito ao ritual de iniciação pela qual passam Tamino e Pamina, composto de diversas provas (tal qual o ritual de iniciação maçônico) que testam o amor e a persistência do casal, recebido sob as bênçãos de toda a fraternidade do Templo da Sabedoria ao final da história.



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Nota

Oi pessoal! Tudo bem? Fiquei surpreso hoje com a quantidade de visitas que o blog teve, e quando fui verificar vi que vieram devido a uma indicação da página do Facebook Vida de Músico. Fico muito agradecido e feliz pelos administradores da página terem chegado até o blog e recomendado. =)

Bom, como devem ter percebido, o blog se chama 100 músicas clássicas para ouvir online e ainda não tem as 100! E nem são todas "clássicas", do período clássico. Na verdade são 100 música eruditas, para usarmos uma nomenclatura mais correta. Ainda faltam muitas e o blog é um site dinâmico que vai crescendo aos poucos. Se alguém tiver alguma sugestão pode deixar um comentário no link sugestões, ou mesmo em qualquer outro link! Comentem à vontade e não se esqueçam de curtir!

100 melhores músicas clássicas para ouvir online

Noturno in C-sharp minor, Op. posth No.16 - Frédéric François Chopin


Frédéric François Chopin também chamado Fryderyk Franciszek Chopin (Żelazowa Wola, 1 de Março de 1810 — Paris, 17 de Outubro de 1849) foi um pianista polonês radicado na França e compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história. Sua técnica refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.


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Noturnos para piano:

Na sua forma mais conhecida, como uma peça de caráter geralmente composta para piano solo, o noturno foi cultivado principalmente no século XIX. Os primeiros noturnos que levaram este título específico são os do compositor irlandês John Field, geralmente considerado como o pai do noturno romântico que caracteristicamente apresenta uma melodia cantante sobre um acompanhamento arpegiado. Os noturnos de Field foram compostos entre 1812 e 1836, sendo que versões mais antigas eram intituladas Romance. Suas melodias traduziam para o piano a cantilena da ópera italiana e a escrita idiomática tira proveito do desenvolvimento do piano, em especial do pedal de sustentação, que permitiu Field expandir o acompanhamento da mão esquerda além do baixo de Alberti. Entretanto, o mais famoso representante desta forma foi Frédéric Chopin, que escreveu 21 noturnos. O Noturno em Mi bemol maior, op. 9 no. 2 é o mais conhecido destes, e o que mais se assemelha aos noturnos de Field. Entretanto, Chopin imprimiu aos seus noturnos uma intensidade dramática maior, e desenvolveu um vocabulário harmônico mais sofisticado complementado por uma textura de acompanhamento que evidenciava uma maior complexidade contrapontística.


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Brandenburg Concerto No. 6 In B Major - Johann Sebastian Bach




O último concerto da série foi escrito para uma combinação de instrumentos de cordas que é incomum de diversas maneiras. Primeiramente, ele não usa violinos. Em segundo, os instrumentos solos — duas violas da braccio e um cello — e os instrumentos de acompanhamentos — duas violas da gamba e um cravo — são incomuns para Bach.

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As duas violas começam o primeiro movimento com um vigoroso tema em um cânone, e enquanto o movimento progride, os outros instrumentos gradualmente entram na aparentemente ininterrupta invenção melódica, que mostra o domínio do compositor na polifonia

Movimentos: 
  • (Allegro)
  • Adagio ma non troppo
  • Allegro
Johann Sebastian Bach foi um compositor, cantor, maestro, professor, organista, cravista, violista e violinista da Alemanha. Nascido em uma família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os gêneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco.


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Pavane pour une Infante Défunte - Joseph-Maurice Ravel


Pavane pour une Infante Défunte (Pavana para uma Princesa Defunta) é uma obra musical do compositor erudito francês Maurice Ravel. É classificada com pertencente ao movimento musical impressionista.

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A peça foi escrita em 1899 para piano composta, durante os estudos do compositor no Conservatório de Paris quando tinha apenas 24 anos em 1899 e orquestrada em 1910. É baseada em uma idéia apresentada por seu professor Gabriel Fauré em 1887, tendo como inspiração um quadro do pintor espanhol Velásquez. Foi dedicada à princesa Edmond de Polignac (Winnaretta Singer, filha do milionário criador das máquinas de costura e em cujo salão Ravel costumava tocar) . A peça tem uma duração de aproximadamente seis minutos.

Segundo o autor, a peça não evoca nenhum momento histórico, mas somente a dança de uma jovem princesa na corte espanhola. O título não tem nada a ver com morte ou lamento, mas ele foi escolhido por aliteração. Ravel gostou da pronúncia da combinação de "infante défunte" e por isso a adotou no nome da obra. Devido às suas raízes bascas, Ravel tinha uma predileção especial pela música espanhola. A pavana era tradicional dança espanhola em movimentos lentos, que gozou de grande popularidade entre os séculos XVI e XVII. Ele ainda utilizaria o tema em outras obras suas, tais como Ma Mère l'Oye, Rapsódia Espanhola e Bolero.

Como peça para piano, a estréia se deu em 5 de abril de 1902, na sala Pleyel, durante um concerto da Société Nationale, sendo executada por Ricardo Viñes, pianista espanhol e grande amigo de Ravel. Na ocasião, ela foi bem aceita pelo público, mas recebida com muita restrição pelos críticos e músicos profissionais. Como peça orquestral, a estréia aconteceu nos Concertos Hasselmans, no dia 25 de dezembro de 1911, sob a condução de Alfredo Casella.


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Concerto para piano n.º 5 - Ludwig van Beethoven


O Concerto para piano No. 5 em Mi bemol maior, Op. 73 de Ludwig van Beethoven, popularmente conhecido como Concerto do Imperador, foi o ultimo concerto para piano de Beethoven. Foi escrito entre 1809 e 1811 em Viena, e foi dedicado ao Arquiduque Rudolf, patrono de Beethoven. A primeira apresentação aconteceu em novembro de 1811 em Leipzig tendo como solista Friendrich Schneider. O concerto tem duração de aproximadamente 40 minutos.

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O concerto foi orquestrado para um piano solo, duas flautas, dois oboés, duas clarinetes em Si bemol, dois Fagotes, duas trompas, dois trompetes, tímpanos em mi bemol e si bemol, e cordas.

Movimentos:

  • Allegro em Mi bemol maior
  • Adagio un poco mosso em Si maior
  • Rondó: Allegro ma non troppo em Mi bemol maior

Assim como outros concertos de Beethoven compostos nesse período, o primeiro movimento deste concerto é relativamente longo, com a duração de aproximadamente 20 minutos.


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The Planets: Jupiter - Gustav Holst



Gustav Holst (Cheltenham, 21 de setembro de 1874 — Londres, 25 de maio de 1934) foi um compositor inglês, conhecido pela sua obra Os Planetas e por obras baseadas na literatura hindu e nas canções folclóricas inglesas. É o pai da compositora e directora de orquestra Imogen Holst.

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Os Planetas é uma suíte composta por Gustav Holst, constituída por 7 movimentos, dos quais cada um corresponde a um planeta do sistema solar, excetuando-se a própria Terra e Plutão, que na década de 1910 ainda não havia sido descoberto, mas que atualmente foi recategorizado como planeta-anão. A obra combina mitologia romana e astrologia, expressando o caráter particular de cada astro - atráves movimentos com andamentos, melodia e instrumentação contrastantes. Representou o marco da música expressionista, pois foi a primeira obra a ter sucesso desde o início da estética, cinco anos após sua criação.


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Requiem em D menor - Wolfgang Amadeus Mozart


O Requiem em Ré menor (K. 626) é uma missa fúnebre do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, de 1791, sua última composição e talvez uma de suas melhores e mais famosas obras, não apenas pela música em si, mas também pelos debates em torno de até qual parte da obra foi preparada por Mozart antes de sua morte. Teria sido posteriormente finalizada por seu amigo e discípulo Franz Xaver Süßmayr.

Em Março de 1791, Mozart rege em Viena um de seus últimos concertos públicos; tocando o Concerto para piano n.º 27 (KV 595). Seu último filho, nasceu em 26 de Julho. Poucos dias antes, bateu à sua porta um desconhecido, que se recusou a identificar-se e deixou Mozart encarregado da composição de um Réquiem em Ré menor. Deu-lhe um adiantamento e avisou que retornaria em um mês. Mas pouco tempo depois, o compositor é chamado de Praga para escrever a ópera A clemência de Tito, para festejar a coroação de Leopoldo II.

Quando subia com sua esposa Constanze na carruagem que os levaria a esta cidade, o desconhecido teria se apresentado outra vez, perguntado por sua encomenda. Posteriormente se supôs que aquele sombrio personagem era um enviado do conde Walsegg-Stuppach, cuja esposa havía falecido. O viúvo desejava que Mozart compusésse a missa de réquiem para os ritos fúnebres no enterro de sua esposa, mas faria crer - como diz-se que já fizera antes - aos presentes que fora ele quem compôs a obra (por isso o anonimato).

Diz-se que Mozart, obsessivo com idéias de morte desde o falecimento de seu pai, Leopold, debilitado pela fadiga e pela enfermidade que lhe atingia, muito sensível ao sobrenatural devido às suas vinculações com a franco-maçonaria e impressionado pelo aspecto misterioso do homem que encomendou a missa, terminou por acreditar que este era um mensageiro do Destino e que o réquiem que iria compor seria para seu próprio funeral.

Mozart, ao morrer, conseguiu terminar apenas três seções com o coro e composição completa: Introito, Kyrie e Dies Irae. Do resto da sequência deixou os trechos instrumentais, o coro, vozes solistas e o cifrado do contrabaixo e órgão incompletos, deixando anotações para seu discípulo Franz Xaver Süssmayer. Também havia indicações para o Domine Jesu e Agnus Dei. Não havia deixado nada escrito para o Sanctus nem para o Communio. Seu discípulo Süssmayer completou as partes em falta da composição, agregou música onde faltava e compôs completamente o Sanctus. Para o Communio, simplesmente utilizou dos temas do Introito e do Kyrie, à maneira de uma reexposição, para dar sentido integral à obra. Uma das principais influências para a obra é o réquiem de Michael Haydn.

A obra teve sua estréia em Viena, 2 de Janeiro de 1793, em um concerto em benefício da viúva de Mozart, Konstanze Weber. Foi interpretado novamente em 14 de Dezembro de 1793, durante uma missa para a esposa da Walsegg.


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Bolero - Joseph-Maurice Ravel

Bolero (Boléro, no título original francês) é uma obra musical de um único movimento escrita para orquestra por Maurice Ravel. Originalmente composta para um Ballet, a obra, que teve sua première em 1928, é considerada a obra mais famosa de Ravel.

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A origem do Bolero provém de um pedido da dançarina Ida Rubinstein, que encomendou a Ravel a criação de um balé a caráter espanhol. Ravel pensou poder arranjar alguns extratos de Iberia, um conjunto de peças para piano de Isaac Albéniz, mas ele não pôde obter os direitos de fazer como desejava, pois Albéniz havia dado os direitos de arranjo a seu pupilo Ferdinand Enrique Arbos. Em vez disso, Ravel compôs uma nova obra. A estreia deu-se em Paris, na Ópera Garnier, em 22 de Novembro de 1928 sob direcção de Walther Straram, com coreografia de Bronislava Nijinska e cenários de Alexandre Benois. Uma das dançarinas foi Ida Rubinstein, e a peça causou escândalo devido à sensualidade da coreografia.

Joseph-Maurice Ravel (Ciboure, 7 de março de 1875 – Paris, 28 de dezembro de 1937) foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela sutileza das suas melodias instrumentais e orquestrais, entre elas, o Bolero, que considerava trivial e descreveu como "uma peça para orquestra sem música".  Começou a manifestar interesse pela música aos 7 anos. Desde então dedicou-se ao estudo do piano, mas só começou a frequentar o Conservatório de Paris aos 14. Posteriormente, em 1895, passou a estudar só e retornou ao Conservatório em 1898, quando estudou composição com Gabriel Fauré. Concorreu no Prix de Rome, mas não foi bem sucedido. Foi influenciado significativamente por Claude Debussy, mas também por compositores anteriores, como Mozart, Liszt e Strauss, mas logo encontrou seu próprio estilo, que ficou, porém, marcado pelo Impressionismo.

É mundialmente conhecido pelo seu Bolero, ainda hoje a obra musical francesa mais tocada no mundo. A composição foi encomendada pela bailarina Ida Rubistein e estreou na Ópera de Paris em 1928. Faleceu das consequências de um acidente de táxi ocorrido em 1932. Durante o período que precedeu a sua morte, havia perdido parte da sua capacidade de compor devido às lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência sempre se manteve intacta mas o seu corpo já não respondia adequadamente, por causa de graves problemas motores.


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Sinfonia Nº 40 - Wolfgang Amadeus Mozart


A sinfonia nº 40 em sol menor, KV. 550, de Wolfgang Amadeus Mozart, também conhecida como a "Grande" sinfonia em sol menor, para distingui-la da "Pequena" sinfonia em sol menor, a nº 25, foi composta no ano de 1788. As duas são as únicas sinfonias em tons menores compostas por Mozart, com a exceção de uma sinfonia em lá menor redescoberta recentemente, do início de sua carreira, conhecida hoje em dia como a Sinfonia Odense.

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A obra foi finalizada em 25 de junho de 1788; sua composição se deu em meio a um período excepcionalmente produtivo, de algumas semanas naquele ano, durante as quais Mozart também terminou as sinfonias nº 39 e 41 (26 de junho e 10 de agosto, respectivamente).

A sinfonia foi orquestrada, em sua versão revista, para uma flauta, dois oboés, duas clarinetas, dois fagotes, duas trompas e cordas. É de se destacar a ausência de trompetes e tímpanos.
A obra está estruturada em quatro movimentos, que seguem o arranjo tradicional (movimento rápido, movimento lento, minueto, movimento rápido) duma sinfonia da era clássica.

Movimentos:
  • Molto allegro
  • Andante
  • Menuetto – Trio
  • Allegro assai
Cada um dos movimentos, com a exceção do terceiro, estão na forma sonata; o minueto e o trio estão na forma ternária. O primeiro movimento começa sombrio, não em seu tema principal, mas no acompanhamento, tocado pelas cordas mais graves, com violas divididas. A técnica de começar a obra com uma figura de acompanhamento foi usada posteriormente pelo próprio Mozart em seu último concerto para piano (KV. 595), e se tornou um dos recursos favoritos dos românticos (entre alguns dos exemplos está a abertura do concerto para violino de Mendelssohn e o terceiro concerto para piano de Rachmaninoff. O segundo movimento é uma obra lírica em compassos de 6/8, em mi bemol maior, a submediante maior do tom geral de sol menor da sinfonia. O minueto começa com um ritmo hemiólico nervoso, e um par de frases de três compassos de duração; diversos críticos já comentaram que, ainda que a música receba o rótulo de "minueto", ela dificilmente seria própria para a dança. A seção do trio, que contrasta pela sua placidez, em sol maior, alterna a seção de cordas com os sopros. O quarto movimento foi composto, em sua maior parte, por frases de oito compassos, que seguem a tendência geral rumo aos ritmos "quadrados" típicos dos finais de sinfonias da era clássica. Uma passagem notável de modulação, que desestabiliza fortemente o tom da obra, ocorre no início da seção de desenvolvimento, no qual cada uma das notas (menos uma) de uma escala cromática são executadas. Esta única nota que é deixada de fora é, na realidade, um sol natural (a tônica).


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Tocata e Fuga em Ré Menor - Johann Sebastian Bach


Tocata e Fuga em Ré Menor, BWV 565 é uma peça de música de órgão escrita por Johann Sebastian Bach entre 1703 e 1707. A sua autoria e instrumentação são objeto de controvérsia, já que alguns estudiosos afirmaram que foi escrita de origem para violino por um outro compositor. É um dos trabalhos mais famosos do repertório de órgão e é usada em muitos filmes, videojogos e como tema para música rock.

Como se indica no título dado à peça, a Tocata e fuga está composta em ré menor. Não está em ré dórico como se depreende da armadura de clave, já que no barroco era una prática comum escrever as alterações nas notas sensíveis (si bemol na relativa maior) em vez da armadura de clave. Começa com um floreado a uma voz na parte alta do teclado, dobrado na oitava. Cai depois para a parte inferior, onde surge um acorde de sétima diminuta, construído nota a nota. Este converte-se num acorde de ré maior, tomado do modo da paralela maior.A fuga está escrita a quatro vozes sobre um tema feito inteiramente de semicolcheias. O tema afasta-se sucessivamente de um tom pedal implícito.

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Johann Sebastian Bach foi um compositor, cantor, maestro, professor, organista, cravista, violista e violinista da Alemanha. Nascido em uma família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os gêneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco.



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Sonata ao Luar - Sonata Op. 27 n. 2 - Ludwig van Beethoven


A Sonata Op. 27 n. 2 é uma sonata de Beethoven. Essa sonata foi muito tocada na época de Beethoven, que chegou a dizer que tinha feito músicas melhores. A "Sonata ao Luar", que serviu de tema para inúmeros filmes e romances, só recebeu seu famoso apelido muitos anos depois da morte de Beethoven. Foi o crítico Rellstab que comparou a música a um luar ao lago Lucerna. Tal comparação foi adotada como apelido para a obra.

100 melhores musicas clássicas para ouvir online - Sonata ao Luar - Sonata Op. 27 n. 2 - Ludwig van Beethoven



Assim como na sonata anterior, o primeiro movimento vem com a indicação "quasi una fantasia". Uma melodia melancólica é apresentada acompanhada por um ostinato que dura o movimento inteiro. Beethoven coloca no início da partitura uma indicação de "senza surdina". Os desavisados pensam que a "surdina" se refere ao pedal esquerdo do piano, o "una corda". Mas na verdade a "surdina" a que Beethoven se refere é o pedal direito. Nos pianos da época de Beethoven, o pedal direito levantava os abafadores (surdinas) das cordas. Ou seja, Beethoven pretendia que o movimento inteiro fosse tocado sem nenhuma surdina nas cordas (com o pedal direito abaixado). Como os pianos modernos não permitem isso - o nível de projeção é muito maior do que o piano da época de Beethoven, criando dissonâncias indesejadas - essa indicação serve como parâmetro para interpretação e não deve ser levada a risca (a não ser que o pianista toque num piano de época). O movimento tem uma forma-sonata um pouco escondida, onde há uma exposição, desenvolvimento e recapitulação, mas a forma fica bem diluída no contexto geral. Assim como na sonata anterior, Beethoven coloca um "attacca subito" no final do movimento para dar continuidade à música.

O segundo movimento é um minueto com trio. Possui uma melodia simples, porém, Beethoven usa uma mudança rítmica com síncopes. A atmosfera é bem leve e alegre.

O terceiro movimento é o mais extenso e "dramático". De uma dificuldade técnica muito grande, esse movimento vem na forma sonata. O tema principal é heróico e turbulento - uma série de acordes arpejados ascendentes e bastante rápidos. Ao longo do movimento, o baixo Alberti se faz presente, mantendo a ansiedade mesmo quando a melodia tem um ar mais calmo. O segundo tema é mais lírico e melódico. No final do movimento Beethoven apresenta uma coda estendida (o que começa a se tornar uma constante na sua obra para piano). Nesta coda, ele usa acordes "quebrados" (Arpejos velozes que soam como se alguém tocasse um acorde sem tocar as notas todas juntas), o que Beethoven usaria mais tarde na Appassionata. Além disso, na coda, Beethoven traz um pouco do caráter de uma cadência, onde o pianista "improvisa" com as harmonias até voltar ao tema principal para concluir o movimento.



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Ave Maria (Ellens dritter Gesang) - Franz Peter Schubert



Franz Peter Schubert (Himmelpfortgrund, 31 de Janeiro de 1797 — Viena, 19 de Novembro de 1828) foi um compositor austríaco do fim da era clássica, com um estilo marcante, inovador e poético do romanticismo. Escreveu cerca de seiscentas canções (o "lied" alemão), bem como óperas, sinfonias, incluindo a "Sinfonia Incompleta", sonatas entre outros trabalhos.Viveu pouco e não teve reconhecimento publico , morreu aos 31 anos. Hoje, o seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, fá-lo ser considerado um dos maiores compositores do século XIX, marcando a passagem do estilo clássico para o romântico. Podemos defini-lo como "mais um artista incompreendido pelos seus contemporâneos".

100 melhores musicas clássicas para ouvir online - Ave Maria (Ellens dritter Gesang) - Franz Peter Schubert


Ellens dritter Gesang (Ellens Gesang III, D839, Op. 52 n º 6, 1825), Terceira Música de Ellen em português, foi composta por Franz Schubert em 1825 como parte de seu Opus 25, uma configuração de sete canções do poema épico popular de Walter Scott, A Dama do Lago, livremente traduzido do alemão. Tornou-se uma das obras mais populares de Schubert, sob o título de "Ave Maria", em arranjos com letras diferentes que geralmente diferem do contexto original do poema. As palavras de abertura e o coro da canção de Ellen, a saber, "Ave Maria" pode levar à idéia de adaptar a melodia de Schubert, como base para o texto completo da tradicional oração católica Ave Maria. A versão latina da Ave Maria possui agora o uso comum com a melodia de Schubert que deu origem ao equívoco de que originalmente ele escreveu a melodia como um arranjo para a Ave Maria. Vários cantores gravaram a versão em latim de Ave Maria definido para Ellens dritter Gesang: Joan Baez, Stevie Wonder, Perry Como, José Carreras, Luciano Pavarotti, Aaron Neville, Frank Patterson, Andrea Bocelli, Barbra Streisand, Chantecler, Kousuke Atari, Mylène Farmer, Il Divo, Vitas, entre outros.

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As Quatro Estações - Antonio Lucio Vivaldi



Le quattro stagioni, conhecidos em português como As Quatro Estações, são quatro concertos para violino e orquestra do compositor italiano Antonio Vivaldi, compostos em 1723 e parte de uma série de doze publicados em Amsterdã em 1725, intitulada Il cimento dell'armonia e dell'inventione. Ao contrário da maioria dos concertos de Vivaldi, estes quatro têm um programa claro: vinham acompanhados por um soneto ilustrativo impresso na parte do primeiro violino, cada um sobre o tema da respectiva estação. Não se sabe a origem ou autoria desses poemas, mas especula-se que o próprio Vivaldi os tenha escrito. As Quatro Estações é a obra mais conhecida do compositor, e está entre as peças mais populares da música barroca.

100 melhores musicas clássicas para ouvir online - As Quatro Estações - Antonio Lucio Vivaldi


Concerto No. 1 em Mi maior, op. 8, RV 269, "La primavera" (Primavera)
Concerto No. 2 em Sol menor, op. 8, RV 315, "L'estate" (Verão)
Concerto No. 3 em Fá Maior, op. 8, RV 293, "L'autunno" (Outono)
Concerto No. 4 em Fá menor, op. 8, RV 297, "L'inverno" (Inverno)

Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 4 de março de 1678 — Viena, 28 de julho de 1741) foi um compositor e músico italiano do estilo barroco tardio. Tinha a alcunha de il prete rosso ("o padre ruivo") por ser um sacerdote católico de cabelos ruivos. Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo conhecido popularmente como autor da série de concertos para violino e orquestra Le quattro stagioni ("As Quatro Estações").


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Brandenburg Concerto No. 3 In G Major - Johann Sebastian Bach


Instrumentação: três violinos, três violas, três violoncelos e baixo contínuo (incluindo cravo). O segundo movimento é composto de uma única medida com os dois acordes que compõem uma "meia cadência frígio" e, embora não haja nenhuma evidência direta para apoiá-lo que era provável que esses acordes são destinadas a cercar ou seguir uma cadência improvisada por um instrumentista de cravo ou violino. Abordagens modernas de desempenho variam de simplesmente tocar a cadência com ornamentação mínima (tratando-o como uma espécie de "ponto e vírgula musical"), para a inserção de movimentos de outras obras, a cadências diferentes em comprimento de menos de um minuto a mais de dois minutos. Ocasionalmente, o terceiro movimento de Bach "Sonata para Violino e Continuo em G, BWV. 1021" (marcada Largo) é substituído para o segundo movimento, uma vez que contém um idêntico 'cadência frígia' como as cordas de fecho. O Largo da Sonata Violino em G, BWV 1019, também tem sido utilizada. Ele tem um toque de notas diferentes. Os movimentos exteriores use o formulário ritornello encontrada em muitas obras instrumentais e vocais da época. O primeiro movimento pode também ser encontrado em forma de retrabalhado como a sinfonia da cantata Ich liebe den Höchsten von ganzem Gemüte, BWV 174, com a adição de três oboés e duas trompas.

100 melhores musicas clássicas para ouvir online - Brandenburg Concerto No. 3 In G Major - Johann Sebastian Bach


Johann Sebastian Bach foi um compositor, cantor, maestro, professor, organista, cravista, violista e violinista da Alemanha. Nascido em uma família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os gêneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco.


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Pequena Serenata Noturna - Serenade No. 13 for strings in G major - Wolfgang Amadeus Mozart



Um noturno é geralmente uma composição musical que evoca, ou é inspirada pela noite. Foi cultivado durante o século XIX principalmente como uma peça de caráter para piano solo, e sua origem é relacionada com o compositor irlandês John Field. Entretanto, sua representação mais conhecida se encontra nos 21 noturnos de Frédéric Chopin. Ao final do século XVIII, coleções de peças para conjunto de câmara eram intituladas de Notturno, uma vez que eram executadas à noite. O exemplo mais famoso é a Pequena Serenata Noturna, K. 525 de Wolfgang Amadeus Mozart. Estas obras não possuem relação com o noturno do século XIX.

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Wolfgang Amadeus Mozart foi um prolífico e influente compositor austríaco do período clássico. Mozart mostrou uma habilidade musical prodigiosa desde sua infância. Já competente nos instrumentos de teclado e no violino, começou a compor aos cinco anos de idade, e passou a se apresentar para a realeza europeia, maravilhando a todos com seu talento precoce. Chegando à adolescência foi contratado como músico da corte em Salzburgo, porém as limitações da vida musical na cidade o impeliram a buscar um novo cargo em outras cortes, mas sem sucesso. Ao visitar Viena em 1781 com seu patrão, desentendeu-se com ele e solicitou demissão, optando por ficar na capital, onde, ao longo do resto de sua vida, conquistou fama, porém pouca estabilidade financeira. Seus últimos anos viram surgir algumas de suas sinfonias, concertos e óperas mais conhecidos, além de seu Requiem. As circunstâncias de sua morte prematura deram origem a diversas lendas. Deixou uma esposa, Constanze, e dois filhos. Foi autor de mais de seiscentas obras, muitas delas referenciais na música sinfônica, concertante, operística, coral, pianística e camerística. Sua produção foi louvada por todos os críticos de sua época, embora muitos a considerassem excessivamente complexa e difícil, e estendeu sua influência sobre vários outros compositores ao longo de todo o século XIX e início do século XX. Hoje Mozart é visto pela crítica especializada como um dos maiores compositores do ocidente, conseguiu conquistar grande prestígio mesmo entre os leigos, e sua imagem se tornou um ícone popular. Dentre as serenatas para cordas de longe mais conhecida é a Pequena Serenata Noturna K525, que se tornou extremamente popular.

Movimentos:

  1. Allegro
  2. Romanze: Andante
  3. Menuetto: Allegretto
  4. Rondo: Allegro





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Ombra mai fù - Largo de Handel - Georg Friedrich Händel




Georg Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de Fevereiro de 1685 — Londres, 14 de Abril de 1759) foi um célebre compositor da Alemanha, naturalizado cidadão britânico em 1726. Desde cedo mostrou notável talento musical, e a despeito da oposição de seu pai, que o queria um advogado, conseguiu receber um treinamento qualificado na arte da música. A primeira parte de sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro da orquestra da ópera local. Depois dirigiu-se para a Itália, onde conheceu a fama pela primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com músicos importantes. Em seguida foi indicado mestre de capela do Eleitor de Hanôver, mas pouco trabalhou para ele, e esteve na maior parte do tempo ausente, em Londres. Seu patrão mais tarde se tornou rei da Inglaterra como Jorge I, para quem continuou compondo. Fixou-se definitivamente em Londres, e ali desenvolveu a parte mais importante de sua carreira, como autor de óperas, oratórios e música instrumental. Quando adquiriu cidadania britânica adotou uma versão anglicizada de seu nome, George Frideric Handel.

100 melhores musicas clássicas para ouvir online - Ombra mai fù - Xerxes - Largo de Handel - Georg Friedrich Händel


A ária inicial, Ombra mai fù, é uma das composições mais famosas de Händel. Nela, Xerxes canta seu amor por uma árvore (Platanus orientalis) em uma atitude contemplativa e reflexiva que não revela sua personalidade despótica, tirânica. Essa ária é executada com frequência em arranjo orquestral conhecido como "largo de Händel", mesmo tendo sido marcada como larghetto na partitura.

Serse (ou Xerxes) (HWV 40) é uma ópera em três atos do compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1685-1759) apresentada pela primeira vez em Londres no ano de 1738. Seu libreto foi adaptado, por autor desconhecido, do que havia sido feito por Silvio Stampiglia (1664-1725) para uma ópera homônima (na verdade, Xerse) de Giovanni Bononcini (1670-1747) apresentada em Roma no ano de 1694. O texto de Stampiglia, por sua vez, é uma adaptação do libreto de Nicolò Minato (1627?-1698), utilizado por Francesco Cavalli (1602-1676), discípulo de Monteverdi (1567-1643), em sua versão de Xerse de 1654.

Händel se dedicou à composição de Serse logo após ter completado Faramondo (HWV 39) em 24 de dezembro de 1737, tendo descansado somente durante o Natal. A partitura foi concluída em 14 de fevereiro de 1738. Uma primeira apresentação em forma de concerto teve lugar em 28 de março. Mas a estreia no Haymarket de Londres só se deu em 15 de abril daquele mesmo ano. A obra não foi bem recebida em sua época, tendo havido nada mais do que cinco apresentações, sendo a última em 2 de maio. A ária de Romilda Va godendo foi incluída no pasticcio Lucio Vero de 1747. Já a ária Ombra mai fú tornou-se célebre, sendo executada como O Largo de Händel. Mas a ópera em si nunca mais foi encenada antes de meados do século XX, tendo permanecido esquecida completamente por quase 190 anos.
Autores como Dean sugerem que Serse é uma ópera muito pouco convencional para a época e que rompeu com os parâmetros da ópera séria estabelecidos por compositores que utilizavam, por exemplo, libretos escritos a partir de textos de Metastasio (1698-1782). Não se sabe se Händel quis promover conscientemente um retorno aos padrões operísticos do final do século XVII, dada a proximidade com a obra de Bononcini, ou se ele desejou simplesmente emprestar maior flexibilidade ao modelo de ópera séria em uso, o qual, talvez, já estivesse gerando certo cansaço no público londrino. Essa espécie de retorno ao século XVII é vista hoje como uma característica intrigante da ópera, uma vez que, de certa forma, ela também aponta para o final do século XVIII e para Mozart com seu dramma giocoso. Não há como saber se Mozart conheceu a obra de Händel. De todo modo, a afinidade entre eles não é propriamente musical. Seus vínculos se referem à afinidade criativa e a aspectos dramáticos que nos oferecem uma comédia sofisticada mas que se aproxima da tragédia. Nesse sentido, como nas ópera da maturidade de Mozart, especialmente Don Giovanni (1787), o personagem Elviro empresta à trama seu toque cômico que tem paralelos com Leporello, enquanto o personagem título, Xerxes, expõe faces múltiplas na personalidade de um tirano que não aceita que existam obstáculos para seus desejos, como, até certo ponto, o próprio Don Giovanni.


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Carmina Burana - Carl Orff



Carmina Burana significa Canções de Benediktbeuern. Em 1803, um rolo de pergaminho com cerca de 200 poemas e canções medievais, foi encontrado na biblioteca da antiga Abadia de Menediktbeuern, na Alta Baviera. Havia poemas dos monges e dos eruditos viajantes em latim medieval. O erudito de dialetos da Baviera, Johann Andreas Schmeller, editou a coleção em 1847, sob o título de Carmina Burana. Carl Orff, filho de uma antiga família de eruditos e militares de Munique, ainda novo familiarizou-se com esse códice de poesia medieval. Ele arranjou alguns dos poemas em canções para solistas e coros, acompanhados por instrumentos.

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Carl Orff (Munique, 10 de julho de 1895 — Munique, 29 de março de 1982) foi um compositor alemão, um dos mais destacados do século XX, famoso sobretudo por sua cantata Carmina Burana. Contudo, a sua maior contribuição se situa na área da pedagogia musical, com o Método Orff de ensino musical, baseado na percussão e no canto. Orff criou um centro de educação musical para crianças e leigos em 1925, no qual trabalhou até a data do seu falecimento.

O compositor alemão Carl Orff musicou alguns dos Carmina Burana, compondo uma cantata homônima. Com o subtítulo "Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae", a obra, por suas características, pode ser definida também como uma "cantata cênica". Estreou em junho de 1937, em Frankfurt e faz parte da trilogia "Trionfi" que Orff compôs em diferentes períodos, e que compreende os "Catulli carmina" (1943) e o "Trionfo di Afrodite" (1952). A cantata é emoldurada por um símbolo da Antiguidade — a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança, mas não apresenta uma trama precisa. Orff optou por compor uma música inteiramente nova, embora no manuscrito original existissem alguns traços musicais para alguns trechos. Requer três solistas (uma soprano, um tenor e um barítono), dois coros (um dos quais de vozes brancas), pantomimos, bailarinos e uma grande orquestra (Orff compôs também uma segunda versão, na qual a orquestra é substituída por dois pianos e percussão). A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - "Veris laeta facies" ou a alegria da primavera. Na segunda, "In taberna", preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem ("Ave, formosissima"). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna ("O Fortuna, velut luna”).


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Noturno em Mi Bemol Maior (Eb), Op.9 No.2 - Frédéric François Chopin



Frédéric François Chopin também chamado Fryderyk Franciszek Chopin (Żelazowa Wola, 1 de Março de 1810 — Paris, 17 de Outubro de 1849) foi um pianista polonês radicado na França e compositor para piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores para piano e um dos pianistas mais importantes da história. Sua técnica refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as de outros gênios da música, como Mozart e Beethoven, assim como sua duradoura influência na música até os dias de hoje.

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Noturnos para piano:

Na sua forma mais conhecida, como uma peça de caráter geralmente composta para piano solo, o noturno foi cultivado principalmente no século XIX. Os primeiros noturnos que levaram este título específico são os do compositor irlandês John Field, geralmente considerado como o pai do noturno romântico que caracteristicamente apresenta uma melodia cantante sobre um acompanhamento arpegiado. Os noturnos de Field foram compostos entre 1812 e 1836, sendo que versões mais antigas eram intituladas Romance. Suas melodias traduziam para o piano a cantilena da ópera italiana e a escrita idiomática tira proveito do desenvolvimento do piano, em especial do pedal de sustentação, que permitiu Field expandir o acompanhamento da mão esquerda além do baixo de Alberti. Entretanto, o mais famoso representante desta forma foi Frédéric Chopin, que escreveu 21 noturnos. O Noturno em Mi bemol maior, op. 9 no. 2 é o mais conhecido destes, e o que mais se assemelha aos noturnos de Field. Entretanto, Chopin imprimiu aos seus noturnos uma intensidade dramática maior, e desenvolveu um vocabulário harmônico mais sofisticado complementado por uma textura de acompanhamento que evidenciava uma maior complexidade contrapontística.



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Ária da corda Sol - Air Suite Nr. 3 - Johann Sebastian Bach



Ária na corda Sol (G) ou Ária da Quarta Corda é uma adaptação para violino e piano do segundo movimento da Suíte nº 3 para orquestra, de J. S. Bach.

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Johann Sebastian Bach foi um compositor, cantor, maestro, professor, organista, cravista, violista e violinista da Alemanha. Nascido em uma família de longa tradição musical, cedo mostrou possuir talento e logo tornou-se um músico completo. Estudante incansável, adquiriu um vasto conhecimento da música europeia de sua época e das gerações anteriores. Desempenhou vários cargos em cortes e igrejas alemãs, mas suas funções mais destacadas foram a de Kantor da Igreja de São Tomás e Diretor Musical da cidade de Leipzig, onde desenvolveu a parte final e mais importante de sua carreira. Absorvendo inicialmente o grande repertório de música contrapontística germânica como base de seu estilo, recebeu mais tarde a influência italiana e francesa, através das quais sua obra se enriqueceu e transformou, realizando uma síntese original de uma multiplicidade de tendências. Praticou quase todos os gêneros musicais conhecidos em seu tempo, com a notável exceção da ópera, embora suas cantatas maduras revelem bastante influência desta que foi uma das formas mais populares do período Barroco.

A peça original faz parte da Suíte nº 3 para orquestra, em Ré Maior, de Johann Sebastian Bach, BWV 1068, escrita para o Príncipe Leopoldo, entre 1717 e 1723. Os títulos "Ária na corda Sol" e "Ária da 4ª Corda" não são originais. Vieram de uma adaptação para violino e piano do 2º movimento da suíte nº 3 para orquestra, em Ré Maior, de J. S. Bach, feita por August Wilhelmj (1845 - 1908). Transpondo a tonalidade da peça de Ré Maior para Dó Maior, Wilhelmj foi capaz de tocar a peça em apenas uma corda de seu violino, a 4ª corda, que é normalmente afinada em Sol (G).


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Bagatelle in A minor (Für Elise) - Ludwig van Beethoven


A "Bagatela para piano 'Für Elise'", conhecida também "Para Elisa", em lá menor (WoO 59), de Ludwig van Beethoven é, dentre as obras deste compositor, talvez a mais conhecida mundialmente, a par da melodia da sua famosa "Quinta Sinfonia", em dó menor (1807-1808, op. 67), e da sua "Nona Sinfonia", em ré menor (1823-1824, op. 125). A melodia desta peça para piano aparece em desenhos animados, filmes, powerpoints e até, nos nossos dias, em toques de celular.

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Quanto às origens históricas desta bagatela para piano são muito pouco conhecidas. Sabe-se (pelo rascunho encontrado) que Beethoven teria composto esta pequena obra, pelos anos 1808 ou 1810, em honra de uma senhora a quem propôs casamento, chamada Therese Malfatti (1792-1851), sobrinha do Dr. Giovanni Malfatti (1775-1859), um médico italiano que se instalou em Viena (Áustria), em 1795, e que foi um dos médicos do compositor, tratando-o inclusive durante a sua doença final em 1827. Inclusive, para este médico, Beethoven compôs, em Junho de 1814, uma pequena cantata para piano e coro de sopranos, contraltos, tenores e baixos "Un lieto brindisi" (WoO 103). Também é chamada por "Cantata Campestre".

A partitura original ou autógrafa desta bagatela para piano foi presenteada, pelo compositor, a Therese em 24 de Abril de 1810 e esteve durante algum tempo em seu poder. A data está na partitura autógrafa, mas ao certo não se sabe se teria sido Beethoven quem a colocou lá ou se teriam sido outras pessoas. Portanto, é um dado discutível. Therese, por achar que Beethoven não seria o seu melhor marido (pois Beethoven era muito autoritário e desorganizado), casou, mais tarde, em 1816, com o barão von Drosdick. Com o tempo, a partitura original extraviou-se. Por outro lado, também se sabe que, em 1822, Beethoven emendou o seu rascunho preliminar, guardado nos seus arquivos, para uma possível publicação e que, devido ao seu falecimento, não se chegou a realizar. Ou por erro do editor (de facto, a caligrafia caótica de Beethoven foi a causa principal de muitos erros nas primeiras edições das suas obras) ou para não se saber a quem esta peça foi dirigida e oferecida, isto é, para não se dar quaisquer pistas acerca do verdadeiro nome da senhora, ou seja, de Therese Malfatti, o certo é que a cópia da partitura autógrafa ou, se quisermos, a sua publicação póstuma (realizada pela primeira vez em 1867) tinha o nome ou, então, o pseudónimo alemão de "Für Elise" que, em português, é "Para Elisa". É evidente que não se trata de Elisa alguma, mas, sim, de Therese. Tudo indica que fosse um erro do editor.

Por outro lado, também sabemos que Maria Therese Brunsvik (1775-1861), aristocrata de origem húngara, e que nunca contraiu matrimónio, teve algumas aulas de piano com Beethoven, sendo-lhe dedicada uma peça para piano: a "Sonata para Piano n.º 24", em fá sustenido maior (1809, op. 78), vulgarmente conhecida "Para Teresa". Haverá alguma relação entre estas duas peças pianísticas? Sabemos que a sonata "Para Teresa" foi publicada em 1810 e a bagatela «Para Elisa» surgiu por essa altura. Será que foi dado um pseudónimo à bagatela "Para Elisa" (dedicada a Therese Malfatti) para não ser confundida com a sonata "Para Teresa" (dedicada a Therese Brunsvik)? É que as duas peças são dedicadas a pessoas com o mesmo nome de Therese. Efectivamente, não sabemos.



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