Concerto para violino e orquestra em Ré maior, op. 35 - Piotr I. Tchaikovsky




O Concerto para violino e orquestra em Ré maior, op. 35, foi escrito pelo compositor Piotr I. Tchaikovsky em março de 1878.

Teve sua estréia em Viena, Áustria, dia 4 de dezembro de 1881, regida por Hans Richter e com Adolf Brodsky no violino. 

Concerto para violino e orquestra em Ré maior, op. 35 - Piotr I. Tchaikovsky


Tchaikovsky dedicou seu concerto para violino a Adolf Brodsky (inicialmente Leopold Auer, mas este se recusou a executar a obra).

Tchaikovsky também escreveu um arranjo para violino e piano em março de 1878.

Piotr Ilitch Tchaikovsky (em russo: Loudspeaker.svg? Пётр Ильи́ч Чайко́вский, por vezes, transliterado Pyotr Ilyich Tchaikowsky); (Kamsko-Wotkinski Sawod, actual Tchaikovsky, (7 de maio de 1840) — São Petersburgo, 6 de novembro de 1893) foi um compositor romântico russo tendo composto trabalhos como sinfonias, concertos, óperas, balés, música de câmara e obras para coro para as liturgias da Igreja Ortodoxa Russa. Alguns de seus trabalhos estão entre as obras mais populares dentro do repertório erudito. Ele foi o primeiro compositor russo a ter uma grande fama internacional, tendo feito aparições como maestro convidado no fim de sua carreira pelos Estados Unidos e Europa. Uma dessas apresentações foi no concerto inaugural do Carnegie Hall em Nova Iorque, em 1891. Tchaikovsky foi honrado em 1884 com uma pensão vitalícia pelo Imperador Alexandre III.

Tchaikovsky foi educado para ter uma carreira como funcionário público. Naquela época as oportunidades para ter uma carreira musical (na Rússia) estavam quase que escassas e não existia um sistema público de educação musical. Quando surgiu uma oportunidade, ele ingressou no Conservatório de São Petersburgo, onde graduou-se em 1865.

Junto seu popular sucesso, a vida de Tchaikovsky foi puntuada pelas crises pessoais e depressão. Fatos que contribuiram para os casos foi a morte prematura de sua mãe e o colapso de sua relação com a viúva Nadezhda von Meck. Sua homossexualidade foi sempre mantida em segredo. Sua morte prematura aos 53 anos de idade é atribuída à Cólera, mas especula-se que ele possa ter vindo a se suicidar.

Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Borodin) de compositores nacionalistas daquele país, sua música se tornou conhecida e admirada por seu carácter distintamente russo, bem como por suas ricas harmonias e vivas melodias. Suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas do que aquelas de seus compatriotas, uma vez que ele utilizava elementos internacionais ao lado de melodias populares nacionalistas russas. Tchaikovsky, assim como Mozart, é um dos poucos compositores aclamados que se sentia igualmente confortável escrevendo óperas, sinfonias, concertos e obras para piano.

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Música Clássica

Sinfonia No. 99 - Franz Joseph Haydn

 

Franz Joseph Haydn (Rohrau, 31 de março de 1732 — Viena, 31 de maio de 1809) foi um dos mais importantes compositores do período clássico. Personifica o chamado "classicismo vienense" ao lado de Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven. A posteridade apelidou este grupo como "Trindade Vienense". Para além disso é considerado como um dos autores mais importantes e influentes da história da música erudita ocidental com uma carreira que cobriu desde o fim do Barroco aos inícios do Romantismo. Ele é à vez a ponte e o motor que permitiram a que esta evolução sucedesse.

Sinfonia No. 99 - Franz Joseph Haydn


Era irmão do igualmente compositor Michael Haydn, colega de Mozart em Salzburgo, e do tenor Johann Evangelist Haydn, que mais tarde Joseph fará vir para Eszterhaza em 1763. Tendo vivido a maior parte da sua vida na Áustria, Haydn passou a maior parte de sua carreira como músico de corte para a rica família dos Eszterházy. Isolado de outros compositores, foi, segundo ele próprio, “forçado a ser original”. O seu génio foi amplamente reconhecido durante a sua vida.

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L'Orfeo, favola in musica - Claudio Monteverdi

 





L'Orfeo, favola in musica é uma das primeiras obras catalogadas como ópera - é uma ópera de 5 atos precedidos de um prólogo. Foi composta por Claudio Monteverdi sobre libreto de Alessandro Striggio. Foi estreada na Academia degl'Invaghiti em Mântua, em fevereiro de 1607 e no Teatro da Corte de Mântua. Foi publicada em Veneza, em 1609.

L'Orfeo, favola in musica - Claudio Monteverdi

Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, batizado em 15 de maio de 1567 — Veneza, 29 de novembro de 1643) foi um compositor, maestro, cantor e gambista italiano. Desenvolveu sua carreira trabalhando como músico da corte do duque Vincenzo I Gonzaga em Mântua, e depois assumindo a direção musical da Basílica de São Marcos em Veneza, destacando-se como compositor de madrigais e óperas. Foi um dos responsáveis pela passagem da tradição polifónica do Renascimento para um estilo mais livre, dramático e dissonante, baseado na monodia e nas convenções do baixo contínuo e da harmonia vertical, que se tornaram as características centrais da música dos períodos seguintes, o Maneirismo e o Barroco.
Orfeu (Usou sua linda voz e sua música para resgatar sua amada no Tártaro)         tenor
Euridice (foi picada por uma serpente e foi para o Tártaro. Orfeu tenta resgatá-la) soprano
Apollo (pai de Orfeu)                                                                                         barítono
Plutão (rei do Tártaro e deus do submundo)                                                         baixo
Proserpina (rainha do Tártaro e esposa de Plutão)                                              soprano
O Espírito da Música (canta somente no prólogo)                                                 soprano
Caronte (protetor da entrada do Tártaro)                                                                 baixo
Silvia (uma mensageira)                                                                                         soprano
Esperança                                                                                                                 soprano

A ópera baseia-se no antigo mito helênico de Orfeu, que tenta resgatar sua amada Eurídice no Tártaro, onde governa Hades.

Prólogo
O "Espírito da Música" explica o poder da música, e especificamente o poder de Orfeu, cuja música é tão poderosa que é capaz de mudar a atitude dos próprios deuses.
Ato I
Orfeu e Euridice comemoram a chegada do dia do casamento
Ato II
Orfeu recebe a terrível notícia de que Euridice tenha morrido com a picada de uma serpente, então ele resolve ir até o Tártaro para poder resgatar a sua amada. Ele fala como a felicidade humana é passageira.
Ato III
Esperança acompanha Orfeu à entrada do Tártaro. Orfeu encontra Caronte , o guardião do Tártaro, e tenta hipnotiza-lo com a beleza de seu canto para poder passar. Não conseguindo, ele tenta novamente, mas desta vez utiliza sua lira, desta vez Caronte cai de sono e Orfeu passa por ele para chegar ao Tártaro.
Ato IV
Prosérpina, a rainha do Tártaro e esposa de Plutão, é comovida pela música de Orfeu e, com isso, Plutão, rei do Tártaro, deixa Eurídice ir. Mas Plutão só a libera com uma condição: que Orfeu não olhe para trás onde segue Eurídice. Plutão libera a amada de Orfeu. Assim Orfeu e sua amada Eurídice se retiram do Tártaro, para irem para a Terra, mas num momento de fraqueza humana, Orfeu olha para trás e vê o ombro de Eurídice. Então, sem tempo para começar a olhar o rosto de Eurídice, ela é fulminada e volta como fantasma para o Tártaro.
Ato V
Orfeu é consumido pela dor, e Apollo, o seu pai, vem do céu para levar seu filho, onde lá ele poderá ver para sempre a imagem de Euridice no céu, formada pelas estrelas.
Orquestração

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Sinfonia n.º 9 - Ludwig van Beethoven

 

A sinfonia n.º 9 em ré menor, op. 125, "Coral", é a última sinfonia completa composta por Ludwig van Beethoven. Completada em 1824, a sinfonia coral mais conhecida como Nona Sinfonia é uma das obras mais conhecidas do repertório ocidental, considerada tanto ícone quanto predecessora da música romântica, e uma das grandes obras-primas de Beethoven.

Sinfonia n.º 9 - Ludwig van Beethoven


A nona sinfonia de Beethoven incorpora parte do poema An die Freude ("À Alegria"), uma ode escrita por Friedrich Schiller, com o texto cantado por solistas e um coro em seu último movimento. Foi o primeiro exemplo de um compositor importante que tenha utilizado a voz humana com o mesmo destaque que a dos instrumentos, numa sinfonia, criando assim uma obra de grande alcance, que deu o tom para a forma sinfônica que viria a ser adotada pelos compositores românticos.

A sinfonia n.º 9 tem um papel cultural de extrema relevância no mundo atual. Em especial, a música do último movimento, chamado informalmente de "Ode à Alegria", foi rearranjada por Herbert von Karajan para se tornar o hino da União Europeia. Outra prova de sua importância na cultura atual foi o valor de 3,3 milhões de dólares atingido pela venda de um dos seus manuscritos originais, feita em 2003 pela Sotheby's, de Londres. Segundo o chefe do departamento de manuscritos da Sotheby's à época, Stephen Roe, a sinfonia "é um dos maiores feitos do homem, ao lado do Hamlet e do Rei Lear de Shakespeare".

Foi apresentada pela primeira vez em 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven - dissuadido da regência pelo estágio avançado de sua surdez - teve direito a um lugar especial no palco, junto ao maestro.

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Música Clássica

El Grillo - Josquin des Prez

 

Josquin Lebloitte, dito Josquin des Prez ou Josquin des Prés (Beaurevoir, Picardia, c. 1440 - Condé-sur-l'Escaut, 27 de agosto de 1521), frequentemente designado simplesmente como Josquin, foi um compositor franco-flamengo da Renascença.

El Grillo - Josquin des Prez


É o compositor europeu mais célebre entre Guillaume Dufay (1397 — 1474) e Palestrina (1525 - 1594). Geralmente considerado como a figura central da Escola franco-flamenga, é o primeiro grande mestre da polifonia vocal dos primórdios do Renascimento.

No século XVI, Josquin chegou a ser considerado o maior compositor da época. Seu domínio da técnica e sua expressividade eram admirados e imitados. Autores tão diversos como Baldassare Castiglione e Martinho Lutero escreveram sobre sua reputação e seu renome. Teóricos como Glareanus e Gioseffo Zarlino julgaram seu estilo perfeito.

Sua música incorpora influências italianas na formação característica da escola flamenga. A combinação de técnica e expressividade marcam uma ruptura com a música medieval. Josquin contribuiu para diversos gêneros, principalmente motetos, missas e chansons francesas e italianas. Mas foi sobretudo nos mais de cem motetos que se mostrou mais original: a suspensão é empregada como recurso de ênfase, e as vozes ganham os registros mais graves nos trechos em que o texto alude à morte. As canções também são importantes na sua obra.

Foi o principal representante do novo estilo de meados do século XV, com formas musicais menos rígidas. Certas canções mostram técnica rebuscada, em ritmos vivos e texturas claras.

A ampla difusão de sua música tornou-se possível graças à invenção da impressão de partituras, no começo do século XVI, e hoje sabemos mais sobre sua música do que sobre sua vida.

Foi o primeiro compositor renascentista considerado genial, superando as formas tradicionais e dando novo tratamento às relações entre texto e música. Mestre da polifonia e do contraponto, estendeu e aplicou sistematicamente o recurso da imitação (repetição de um trecho musical por vozes diferentes).

Compositor e cantor de talento muito apreciado pelos mais ricos mecenas da Europa, incluindo a família Este, de Ferrara, Josquin foi o primeiro compositor a ter impressos volumes inteiramente dedicados à sua obra musical. Vários aspectos de sua biografia são pouco documentados - sobretudo detalhes de sua infância e educação. Um problema tem sido a atribuição a Josquin de peças que não são suas. Seu estilo musical exibe grande invenção melódica e domínio de técnicas como o cânone, bem como uma inclinação pelas canções populares.


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Música Clássica

Il Guarany - Carlos Gomes



Il guarany (em português, O guarani) é uma das óperas do compositor brasileiro Antônio Carlos Gomes. É uma ópera ballo em quatro atos, em italiano como o libreto de Antônio Scalvini baseado no romance de José de Alencar, O Guarani e estreou no Teatro Scala de Milão, na Itália, em 19 de março de 1870, fazendo um grandioso sucesso. A ópera Il guarany tem como maior destaque a sua abertura. Esta é até hoje muito interpretada, além de muito conhecida por ser o tema do programa de rádio A Voz do Brasil.

Il Guarany - Carlos Gomes


Personagens: 

Gonzales, (aventureiro espanhol, hóspede de Don Antônio) barítono
Don Álvaro, (aventureiro português) tenor
Rui Bento, (aventureiro espanhol) tenor
Alonso, (outro aventureiro espanhol) baixo
Don Antônio de Mariz, (velho fidalgo português) baixo
Peri, (cacique da tribo dos Guaranís) tenor
Cecília, (filha de Don Antônio) soprano leggero
Pedro, (homem de armas de Don Antônio) baixo
Cacique, (chefe da tribo dos Aimorés) baixo ou barítono


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Música Clássica

Nouveaux Quatuors en Six Suites - George Philipp Telemann


George Philipp Telemann (Magdeburgo, 14 de março de 1681 — Hamburgo, 25 de junho de 1767) foi um compositor e músico alemão. Já aos dez anos, Telemann sabia tocar vários instrumentos e escrevia diversas obras. Aos 21 anos, tornou-se diretor musical da ópera de Leipzig e aos 23 tornou-se organista de uma igreja.

Nouveaux Quatuors en Six Suites - George Philipp Telemann


Teleman publicou a maior parte de sua música, em especial um grupo de 72 cantatas e os três grupos de Musique de table, que são suas obras mais famosas, cada qual incluindo um concerto, uma suíte e várias peças de câmara. Durante sua vida, dedicou-se para que a música fosse difundida e também publicou diversas obras de caráter didático, tendo como temas a ornamentação, o baixo cifrado, entre outros.

Nouveaux Quatuors en Six Suites é uma obra de câmara de Georg Philipp Telemann. É uma série de seis obras de câmara em multi-movimentos publicada em 1838 durante a visita de Telemann a Paris, contém dois concertos, duas sonatas e dois balés. Embora essas obras reflitam o estilo francês, sua estrutura é antes italiana. Ao contrário dos trio-sonatas, escritos para quatro insturmentos, esses são verdadeiros quartetos para três instrumentos melódicos (flauta, violino, viola de gamba ou violoncelo) e acompanhamento (cravo).

No vídeo, o Prelude, primeira suíte das seis.

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Música Clássica

Scheherazade - Nikolai Rimsky-Korsakov


Scheherazade (ou Sheherazade; em russo: Шехерезада), op. 35, é uma suíte sinfônica composta por Nikolai Rimsky-Korsakov em 1888. Baseado no livro das Mil e Uma Noites , este trabalho orquestral combina duas características comuns seja à música russa seja à de Rimsky-Korsakov: o colorido da orquestração e um interesse pelo Oriente, sempre muito presente na história da Rússia imperial. É considerada a obra mais popular de Rimsky-Korsakov. Em 1910, Michel Fokine utilizou a música para um balé, no qual participaram Vaslav Nijinski, em um dos papéis principais, e Leon Bakst, na preparação do figurino e cenário.

Scheherazade - Nikolai Rimsky-Korsakov


A suíte divide-se nas seguintes partes:

I - O mar e o navio de Simbad: (Largo e maestoso - Allegro non troppo)
II - A história do Príncipe Kalender: (Lento - Andantino - Allegro molto - Con moto)
III - O jovem príncipe e a jovem princesa: (Andantino quasi allegretto - Pochissimo più mosso - Come prima - Pochissimo più animato)
IV - Festa em Bagdá - Naufrágio do barco nas rochas: (Allegro molto - Vivo - Allegro non troppo maestoso)

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Música Clássica

Concerto para Violino em E menor, Op. 64 - Felix Mendelssohn



O Concerto para Violino em E menor, Op. 64 é o último trabalho para grande orquestra de Felix Mendelssohn. Ele forma uma importante parte do repertório para violino e é um dos mais populares e frequentemente executados concertos para violino de todos os tempos. Uma performance típica dura pouco menos de 30 minutos.

Concerto para Violino em E menor, Op. 64 - Felix Mendelssohn

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Música Clássica

Haroldo na Itália - Hector Berlioz

 

Haroldo na Itália, Sinfonia (Op. 16), segunda sinfonia de Hector Berlioz, escrita em 1834.

Haroldo na Itália - Hector Berlioz


Baseada em um poema de Lord Byron (Childe Harold) e escrita por sugestão de Niccoló Paganini (1782-1840), é posterior a sua Sinfonia Fantástica, e em um raro momento de felicidade, quando estava vivendo com o seu grande amor, a atriz Harriet Smithson, com quem se casara em 1833.

Haroldo na Itália é uma sinfonia em quatro movimentos em que há destaque para a viola como instrumento solista. Nesta peça a "idéia fixa" (motivo condutor) é exercido por este instrumento, e permeia todos os movimentos da obra. É ela que simboliza o héroi em questão.

Primeiro Movimento: Haroldo nas Montanhas - Cenas de Melancolia, de Felicidade e de Alegria (Harold aux Montagnes - Scènes de Mélancolie, de Bonheur et de Joie) Adagio; Allegro.

Segundo Movimento: Procissão dos Peregrinos Cantando a Prece Vespertina - (Marche des Pelèrins Chantant la Prière du Soir) Alegretto.

Terceiro Movimento: Serenata de um Montanhês dos Abruzzos a sua Amada - (Sérénade d'un Montagnard des Abruzzes à sa Maîtresse) Allegro Assai.

Quarto Movimento: Orgia de Salteadores. Lembranças das Cenas Precedentes -(Orgie de Brigands. Souvenirs des Scènes Précédentes) Allegro Frenetico; Adagio; Allegro; Tempo I.

Haroldo na Itália foi executada pela primeira vez em 23 de novembro de 1834 com a Orquestra da Sociedade dos Concertos do Conservatório, tendo Chrétien Urhan como solista e Narcisse Girard como maestro.

O primeiro registro fonográfico deu-se em 1946, com William Primrose como solista acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Boston regida por Serge Koussevitzky.

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Música Clássica

Kinderszenen - Robert Schumann


Kinderszenen, Opus 15, que em português se deixa traduzir por Cenas da Infância ou Cenas Infantis, é um conjunto de treze andamentos para piano solo, compostos em 1838 pelo compositor do romantismo alemão Robert Schumann.

Kinderszenen - Robert Schumann


Numa carta à sua futura mulher, Clara Josephine Wieck, Schumann diz que tinha composto uma nova obra como se fosse o eco de uma resposta que ela, Clara, lhe escrevera uma vez, dizendo-lhe que por vezes se lhe dirigia como se ele fosse uma criança. O compositor procurava exprimir as reminiscências que um adulto tem da infância. Schumann tinha escrito originalmente trinta andamentos para os Kinderszenen, dos quais escolheu, como diz na carta a Clara, cerca de doze andamentos para a versão final. Os andamentos rejeitados foram publicados mais tarde nos Bunte Bläter, Opus 99, e Albumblätter, Opus 124.

O andamento Träumerei é uma das peças mais conhecidas de Schumann, e como tal foi objecto de muitas versões e sujeita a diversas interpretações. Foi também o título de um filme biográfico alemão de 1944 sobre Schumann. Träumerei é ainda o tema amoroso de Robert e Clara Schumann no filme americano de 1947, Song of Love, com Katharine Hepburn no papel de Clara.

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Música Clássica

Aida - Giuseppe Verdi


Aida é uma ópera em quatro atos com música de Giuseppe Verdi e libreto de Antonio Ghislanzoni, com estréia mundial na Casa da Ópera, Cairo, aos 24 Dezembro de 1871. Ao contrário do que muitas vezes é erradamente referido, esta obra não foi composta por encomenda do governo egípcio para a inauguração e em comemoração da abertura do canal de Suez. A obra foi estreada no Cairo a 24 de Dezembro de 1871.

Aida - Giuseppe Verdi


A música da ópera também é o tema de abertura do jogo de computador Victoria: An Empire Under the Sun, da Paradox Interactive.

Ato I

O sumo-sacerdote Ramfis faz saber a Radamés, capitão da guarda egípcia, que os etíopes cobiçam o Egito. Depois acrescenta que a deusa Ísis decidiu que deve comandar os exércitos egípcios para defender o seu território e vai ter com o faraó para informar do divino desígnio. Radamés sonha ser o escolhido e idealiza uma volta vitoriosa da batalha para oferecer o seu triunfo à sua amada Aida,escrava da filha do faraó e filha do rei etíope Amonasro. Entra Amneris, filha do faraó, que ao perceber a alegria do general, suspeita que o motivo do estado de ânimo não se dava apenas aos sonhos de glória no campo de batalha. A chegada de Aida, muito afeta pelos rumores de guerra,só faz aumentar as suas dúvidas e alimentar os seus ciúmes: Amneris sabe que o coração de Radamés pertence a outra mulher que, provavelmente, é a sua escrava. No entanto, finge um grande carinho pela jovem escrava etíope quando, na realidade, está cheia de desejos de vingança. Precedido pela sua guarda entra o faraó com Ramfis, os sacerdotes e um grupo de cortesãos. Logo em seguida, aparece um mensageiro que relata como as tropas etíopes, sob o comando do rei Amonasro, devastam tudo o que encontram no seu caminho e avançam para a capital, Tebas. Ao ouvir o nome do seu pai, Aida deixa escapar uma exclamação que não é ouvida pelos presentes, que ignoram a sua linhagem. O faraó anuncia que a deusa Ísis decidiu que Radamés é o escolhido para comandar as tropas contra o exército invasor. Todos os presentes encorajam o militar e gritam gritos de guerra. Amneris entrega-lhe um estandarte e deseja-lhe uma volta vitoriosa. Saem todos menos Aida que,repetindo as palavras de Amneris, luta entre os seus sentimentos amorosos por Radamés e por seu pai e os seus compatriotas, os quais irão se enfrentar na batalha.

Numa sala do templo de Vulcano: Ouvem-se ao longe cânticos e rituais das sacerdotisas, que invocam a proteção dos deuses. Em cena, Ramfis e a assembléia de sacerdotes vestem Radamés com as armas abençoadas pelos deuses. Todos os presentes pedem ao deus do fogo que proteja o jovem guerreiro. Fim do 1º Ato.

Ato II

Numa sala nos aposentos de Amneris: A filha do faraó, rodeada pelas suas escravas, prepara-se para uma festa que celebrará a volta triunfal de Radamés, vencedor da batalha contra os etíopes. Um grupo de escravos dançam à sua volta. Depois saem todos, menos Amneris que, na sua ânsia de saber a verdade sobre os sentimentos de Aida, submete a escrava etíope a um maquiavélico plano: quando a escrava entrar nos seus aposentos, ela a engana dizendo que Radamés venceu os etíopes mas morreu em combate. Ao saber da “terrível notícia”, Aida é incapaz de esconder o seu luto e manifesta na frente de sua patroa o seu amor por Radamés. A princesa egípcia então diz a verdade que Radamés continua vivo e que ela também o ama. Além disso, Aida jamais poderá desfrutar do amor do jovem guerreiro porque não passa de uma simples escrava. A princesa etíope consegue dominar-se depois de sentir a tentação de revelar a sua verdadeira linhagem e reconhece que só vive para esse amor. Amneris ameaça-a com uma terrível vingança não prestando atenção às súplicas da sua escrava. Então, ouvem-se os cânticos guerreiros dos soldados egípcios que voltaram da batalha. Sozinha em cena, Aida implora a piedade dos deuses.

Na entrada da cidade egípcia de Tebas, junto ao templo do deus Amon, uma multidão espera a volta dos guerreiros egípcios. Aparece o faraó com o seu cortejo e os sacerdotes. Atrás deles, Amneris com Aida e as suas escravas. O faraó senta-se no seu trono tendo, à sua direita, a sua filha. Depois de um coro de louvor em honra aos deuses e do soberano, uma grande marcha abre a procissão na qual participam os soldados egípcios, seguidos por bailarinos, carros de guerra, estandartes e ídolos. Por fim, Radamés entra em cena. O faraó recebe o jovem e ordena a Amneris que coloque a coroa ao vencedor. Depois diz a Radamés para pedir o que desejar. O militar pede a presença dos prisioneiros, entre os quais encontra-se Amonasro. Ao ver seu pai, Aida não consegue se conter e abraça-o dizendo que é o seu pai. O rei pede para não revelar a sua identidade aos seus inimigos e, às perguntas do faraó, responde que o imperador dos etíopes morreu no campo de batalha. Depois suplica clemência para os vencidos com a ajuda de Aida, das escravas, do povo e do próprio Radamés, que faz saber ao faraó que é a graça que pede pela sua vitória. Apesar da oposição de Amneris, de Ramfis e dos sacerdotes, o faraó concede a vida e a liberdade aos vencidos, mas, por conselho do sumo-sacerdote Ramfis, mantém em seu poder Aida e o seu pai Amonasro. Em seguida, o faraó concede a Radamés, como prêmio pela sua vitória, a mão de Amnéris e num futuro próximo a coroa, surpreendendo o militar e Aida, que ficam consternados. Fim do 2º ato.

Ato III

Nas margens do rio Nilo, onde se encontra o templo de Ísis: Ao longe ouvem-se os cânticos das sacerdotisas, que estão no templo. Aparecem em cena Ramfis e Amneris, que descem de uma barca e entram no templo sagrado para rezar pelo futuro casamento, cuja cerimônia ocorrerá no dia seguinte. Então entra em cena Aida, que se encontrou com Radamés, lamentando-se de que nunca mais voltará a ver a sua pátria. Aparece então Amonasro que, ciente dos sentimentos de sua filha para com Radamés, lhe faz saber que poderão voltar ao seu país se conseguir que o seu amado lhe diga o caminho secreto que o exército egípcio tomará no seu ataque. Aida nega-se inicialmente, mas a terrível reação de seu pai faz ela mudar de opinião. À chegada de Radamés, Amonasro esconde-se por detrás de umas palmeiras. Acontece então o feliz reencontro dos amantes. Radamés comunica a Aida que rapidamente estará, outra vez, à frente dos seus exércitos, uma vez que a luta com os etíopes reacendeu. Certo da sua vitória, o militar declara a sua intenção de pedir como recompensa a liberdade e a mão de Aida. A escrava manifesta a sua desconfiança em que semelhante plano possa acontecer e convence o amado de que a fuga para a Etiópia é a melhor solução pros dois. Depois pergunta-lhe qual é o caminho que terão de tomar para evitar o exército egípcio. O seu amante, confiante, revela-lhe que as tropas atacarão a Etiópia na garganta de Nápata. Subitamente, Amonasro abandona o seu esconderijo e aparece diante Radamés, que ele percebe que traiu a sua pátria involuntariamente, pelo amor de Aida. Amonasro e a sua filha tentam convencê-lo de que não é o culpado e tentam convence-lo a fugir com eles. Sai então do templo Amneris, seguida por Ramfis e pelos guardas do templo, que acusa Radamés de traição. O rei etíope tenta matar Amneris com um punhal,mas Radamés interpõe-se. Amonasro e Aida conseguem fugir, enquanto o militar egípcio se entrega ao sumo-sacerdote. Fim do 3º ato.

Ato IV

Numa sala do palácio do faraó perto da cela de Radamés e da sala de julgamento: Amneris, ainda apaixonada por Radamés apesar de este ter tentado fugir com a escrava, ordena que o preso seja conduzido à sua presença. A filha do faraó tenta convencê-lo a pedir clemência das acusações que lhe são imputadas, mas o militar nega-se. A princesa egípcia comunica-lhe então que Aida ainda está viva, ao que Radamés responde que está confiante de que sua amada consiga voltar à sua pátria. Desesperada, Amneris faz-lhe uma última proposta: promete liberta-lo se ele jurar que nunca mais verá Aida, mas Radamés sai, sendo levado para a sala do jugalmento. A partir de um local distante, assiste desesperada ao interrogatório. Radamés não responde às acusações proferidas por Ramfis e pelos sacerdotes e é condenado à pena de morte reservada aos traidores da pátria: ser enterrado vivo. A princesa egípcia, louca de desespero, amaldiçoa os sacerdotes.

O cenário aparece agora dividido em dois planos. No superior aparece o interior do templo de Vulcano. Em baixo, a cripta onde Radamés aparece vivo. Radamés se despede da vida e da sua amada para sempre, e então aparece Aida, que conseguiu entrar no túmulo para morrer ao seu lado. A escrava encontra a morte nos braços do seu amado enquanto Amneris reza por Radamés no templo. Ao longe soam os cânticos dos sacerdotes. Fim do 4º ato de Aida.

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Música Clássica

Concerto para piano n.º 2 - Franz Liszt

 

O Concerto para piano n.º 2 em lá maior, S.125, é uma obra de Franz Liszt.

Concerto para piano n.º 2 - Franz Liszt


O concerto evoluiu de um primeiro manuscrito escrito entre 1839 e 1840, até uma quarta e última revisão de 1861. Liszt dedicou a peça ao seu estudante Hans von Bronsart, que a estreou sob direcção do compositor em 7 de janeiro de 1857 em Weimar.

O concerto foi orquestrado para piano solista, três flautas (uma dobrando o piccolo), dois oboés, dois clarinetes, dois fagotes, duas trompas, dois trompetes, três trombones, tuba, tímpano, tímbales e secção de cordas.

Está escrita com um único, longo movimento, dividido em seis secções ligadas por transformações de diversos temas. As secções são:

Adagio sostenuto assai
Allegro agitato assai
Allegro moderato
Allegro deciso
Marziale un poco meno allegro
Allegro animato


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Música Clássica

O Barbeiro de Sevilha (Il barbiere di Siviglia) - Gioachino Rossini

  

O barbeiro de Sevilha, ou a precaução inútil (Il barbiere di Siviglia, ossia L'inutile precauzione) é uma ópera-bufa em dois atos do compositor italiano Gioachino Rossini, com um libreto de Cesare Sterbini, baseado na comédia Le Barbier de Séville, do dramaturgo francês Pierre Beaumarchais.

O Barbeiro de Sevilha (Il barbiere di Siviglia) - Gioachino Rossini


A estréia da ópera, com o título de Almaviva, ou a inútil precaução, ocorreu no Teatro Argentina, em Roma, em 20 de fevereiro de 1816. Sua abertura foi composta originalmente para outra obra do compositor, Aureliano in Palmira, e usada posteriormente em Elisabetta, regina d'Inghilterra.

Uma ópera, Il barbiere di Siviglia, baseada na mesma peça, já havia sido composta por Giovanni Paisiello, e outra ainda foi composta em 1796, por Nicolas Isouard. Embora a obra de Paisiello tenha feito sucesso por algum tempo, a versão de Rossini é a única a perdurar no repertório operático.

A ópera de Rossini segue a primeira das peças da "trilogia de Figaro" do dramaturgo francês Pierre Augustin Caron de Beaumarchais, enquanto Mozart, em sua ópera Le nozze di Figaro (As bodas de Fígaro), composta 30 anos mais cedo, em 1786, baseou-se na segunda parte da trilogia. A versão original de Beaumarchais foi encenada pela primeira vez em Paris no ano de 1775, na Comédie Française, no Palácio das Tulherias.

Rossini era célebre por seu ritmo rápido de composição, e toda a música do Barbiere di Siviglia foi completada em menos de três semanas. A estreia da obra deu-se em 20 de fevereiro de 1816, e foi um fracasso retumbante: a plateia vaiou e gracejou durante todo o espetáculo, e diversos incidentes prejudiciais ocorreram no palco. Partidários de rivais de Rossini, infiltrados na plateia, incitaram muitas destas manifestações. A segunda performance teve um destino muito diferente, e fez com que a obra se tornasse um grande sucesso. A peça original teve um destino semelhante; odiada a princípio, tornou-se um sucesso depois de uma semana em cartaz.

Ato I

Amanhece. O Conde Almaviva faz uma serenata diante da janela da jovem Rosina, mesmo desconhecendo o nome da donzela a quem canta. Rosina não lhe responde. O Conde ouve ao longe a voz de um homem a cantar: é o barbeiro Fígaro, seu amigo, que estranha vê-lo longe de casa àquela hora. Almaviva explica ao Fígaro o seu intento de cortejar a "filha do médico" que ali mora (embora Rosina seja tutelada e não filha do médico). Prestativo, Fígaro coloca-se à disposição do conde, para ajudá-lo. Ambos ouvem quando Don Bartolo, o tutor de Rosina, diz que vai sair e que no caso de Don Basílio - o professor de música de Rosina e casamenteiro - chegar, devem fazê-lo esperar até a sua volta. Dom Bartolo sonha casar-se com Rosina. Fígaro propõe ao conde que use um disfarce, para entrar na casa de Rosina.

Enquanto isso, o Dr. Bartolo e Basílio discutem uma forma de ficarem livres do conde e chegam à conclusão que o melhor é elaborar um contrato de casamento, já naquele mesmo dia. Fígaro, que ouviu tudo, avisa a Rosina das intenções de Dom Bartolo e informa que o seu primo Lindoro, um estudante está apaixonado por ela - "Lindoro" é, na verdade, o pseudônimo que o conde Almaviva vai usar para aproximar-se de Rosina. Ansiosa, Rosina escreve um bilhete ao conde. Dom Bartolo entra e surpreende o encontro entre o Fígaro e Rosina. Muito desconfiado, Dom Bartolo decide-se por manter Rosina presa em casa.
Entra um soldado (que, na verdade, é o conde Almaviva, disfarçado), e desafia Bartolo para uma luta de espadas. Notando que um pedaço de papel está sendo passado a Rosina, Dom Bartolo exige vê-lo. Rosina troca os papéis e o que ela passa a Dom Bartolo é uma lista de roupas para a lavanderia. Dom Bartolo e o "soldado" discutem acaloradamente, enquanto Fígaro tenta apaziguar os ânimos, dizendo que tamanhos berros podem ser ouvidos pela cidade inteira. Entra um verdadeiro policial que, não conseguindo apurar o que está havendo, retira-se.

Ato II

Dom Bartolo suspeita de que o policial seja um espião mandado pelo conde. Entra um jovem cognominado "Don Alonso" (novamente, o conde disfarçado), avisando que Basílio estava doente e não podia dar aulas a Rosina, por isso, mandava-o em seu lugar. Avisa a Dom Bartolo que alguém, chamado "Conde Almaviva", o está enganando, mostra-lhe a carta de Rosina como prova, e solicita falar a sós com ela. Dom Bartolo consente. Rosina reconhece Lindoro apesar do disfarce e inicia-se a aula de música, enquanto Dom Bartolo descansa.

O Fígaro chega logo após a aula, e Dom Bartolo exige explicações. O Fígaro diz que ali estava para fazer a barba a Dom Bartolo. Dom Bartolo entrega as chaves para que o Fígaro vá buscar a navalha e o restante material para a feitura da barba. Às escondidas, o Fígaro subtrai uma das chaves do molho que Dom Bartolo lhe entregou. O professor de música Dom Basilio aparece, para espanto de todos. O Fígaro e o conde (disfarçado) passam a afirmar que Basílio está com escarlatina e deve permanecer em repouso. O conde suborna Basílio que acaba por sair.

O Fígaro faz a barba a Dom Bartolo, enquanto o conde e Rosina simulam uma aula de música. O conde combina uma fuga com Rosina. Avisa que o Fígaro já tem a chave da janela e que ambos lá estarão, à meia-noite, para buscá-la. Dom Bartolo ouve a conversa, expulsa o Fígaro e o conde, e procura Don Basílio para avisá-lo de que o tal Dom Alonso que ele mandou para substituí-lo é um farsante. Terminam por deduzir que tanto Dom Alonso quanto Lindoro são disfarces do conde e vão apressar a feitura do contrato de casamento.

Dom Bartolo diz a Rosina que Lindoro brinca com seus sentimentos, e para provar o que lhe diz, mostra-lhe a carta em que Lindoro expõe os planos para a sequestrar e a entregar ao conde Almaviva. Para vingar-se Rosina aceita casar com Dom Bartolo. Cai uma chuva torrencial quando o conde e o Fígaro entram no quarto de Rosina. Rosina quer expulsá-los mas o conde logo se identifica e explica-lhe que Lindoro jamais existiu.

Chega o juiz de paz para celebrar o casamento de Rosina com o conde. Basilio é forçado a ser testemunha do casamento. Dom Bartolo chega com um policial, para prender o Fígaro e o conde, mas Almaviva identifica-se e Dom Bartolo dá-se finalmente por vencido. O Fígaro, o conde e Rosina comemoram.

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Música Clássica

Nabucco - Giuseppe Verdi

  

Nabucco é uma ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi, com libreto de Temistocle Solera, escrita em 1842. A ação da ópera conta a história do rei Nabucodonosor da Babilônia. Foi escrita durante a época da ocupação austríaca no norte da Itália e, por meio da várias analogias, suscitou o sentimento nacionalista italiano. O Coro dos Escravos Hebreus, no terceiro ato da ópera (Va, pensiero, sull'ali dorate, "Vai, pensamento, sobre asas douradas") tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano da época. Foi estreada, a 9 de março de 1842, no Teatro alla Scala de Milão.

Nabucco - Giuseppe Verdi


Ato I: "Jerusalém"

Os judeus oram diante do templo de Salomão. O sumo-sacerdote Zacarias entra com Ana, sua irmã, e Fenena, filha de Nabucco, tida como refém pelos judeus. Zacarias avisa ao povo que Javé não vai abandonar o povo judeu. Ismael, chefe militar e sobrinho do rei de Jerusalém, entra com seus soldados e avisa que Nabucco destruirá tudo.

Zacarias espera que haja um milagre e entrega Fenena a Ismael para que ela tenha sua segurança garantida. Ambos são amantes, e se conheceram na Babilônia. Abigail, a outra filha de Nabucco -que também é apaixonada por Ismael - entra conduzindo um exército de assírios para ocupar o templo. Os assírios estão vestidos como judeus. Abigail chantageia Ismael, dizendo que ela salvará seu povo caso ele lhe retribua o amor, mas Ismael não aceita.
Reaparecem os judeus, assustados com a reaproximação de Nabucco, que é enfrentado por Zacarias, que o denuncia por blasfêmia e ameaça executar Fenena. Esta é entregue a Nabucco por Ismael, que é reprimido pelos judeus. Nabucco manda incendiar o templo.

Ato II: "O Blasfemo"

Palácio de Nabucco, na Babilônia. Abigail acha um pergaminho no qual é dito que ela é filha de escravos, e não de Nabucco. Jura vingança a ele e a Fenena, enquanto lembra de Ismael e acha que ele poderia ter salvado sua vida. Entra o Sumo Sacerdote e avisa que Fenena mandou libertar os prisioneiros judeus, e que, devido à traição, Abigail será nomeada herdeira do trono, em vez de Fenena.

Em outro local, Zacarias ora e tenta convencer os assírios a esquecerem seus ídolos. Fenena entra nos aposentos de Zacarias, e este tenta convertê-la. Os levitas entram e encontram Ismael, que fora banido. Zacarias perdoa Ismael, por este ter salvado um judeu - Fenena, agora convertida. Abdalo, conselheiro do palácio, entra e avisa Fenena sobre os boatos sobre a morte de Nabucco, e que sua vida está em risco.

Entra o Sumo Sacerdote e proclama a regência de Abigail. É anunciada a sentença de morte aos judeus. Fenena se recusa a entregar o cetro a Abigail. Inesperadamente, entra Nabucco, toma a coroa e a coloca em suas cabeças. Nabucco diz que derrotou Baal e Javé, e por isso mesmo não é rei. É Deus. Nesse instante, cai um raio na cabeça de Nabucco, que fica louco. Abigail recupera a coroa.

Ato III: "A Profecia"

Jardins Suspensos da Babilônia. Abigail é proclamada regente e é instigada a condenar à morte os judeus, mas, antes disso, Nabucco entra atordoado. Abigail explica que está na função de regente porque o rei está impedido de reinar, e lhe entrega a ordem de execução aos judeus, esperando que ele decrete a morte de Fenena - agora, convertida ao judaísmo. Nabucco assina, mas pergunta sobre o que vai acontecer a Fenena, e Abigail avisa que ela também vai morrer, junto com os outros judeus. Nabucco tenta mostrar o documento a Abigail dizendo que ela é uma impostora, mas ela já o tem em mãos e o rasga em pedaços. Nabucco chama os guardas, mas não é atendido. Sem saída, roga clemência a Abigail, que permanece irredutível.

Enquanto isso, os judeus permanecem descansando do trabalho escravo, diante das margens do Eufrates, e relembram sua pátria perdida. Zacarias anuncia que eles estarão livres do cativeiro em breve, e Javé os ajudará a derrotar a Babilônia.

Ato IV: "O ídolo destruído"

Nabucco está em seus aposentos e ouve o grito por Fenena. Ao olhar para a janela, vê que Fenena está sendo executada. Ao tentar abrir a porta, dá-se conta de que é prisioneiro. Neste momento, Nabucco implora perdão a Javé, rogando-lhe conversão, juntamente como a seu povo. Ao recuperar a razão, entra Abdalo se certifica de que Nabucco é novamente ele próprio, e já está com todas as suas faculdades recuperadas. E tenta buscar o trono.

Os carrascos preparam a execução de Zacarias e de seu povo. Fenena é aclamada mártir e, em sua última prece, roga a Javé que a receba no céu. Nabucco acaba com a escravidão dos judeus e anuncia que ele próprio é um deles. A estátua de Baal é destruída e Abigail se suicida, implorando a Ismael que se una novamente à Fenena. O povo reconhece o milagre, e direciona louvores a Javé.

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Música Clássica

Mozart e Salieri - Nikolai Rimsky-Korsakov

 

Mozart e Salieri (em russo: Моцарт и Сальери, transl. Motsart i Sal’yeri) é uma ópera em um ato (duas cenas) do compositor russo Nikolai Rimsky-Korsakov, com libreto em russo extraído praticamente na íntegra do drama em versos de 1830 do escritor russo Alexander Pushkin.

Mozart e Salieri - Nikolai Rimsky-Korsakov


A história segue a lenda apócrifa de que o arquirival de Mozart e compositor Antonio Salieri teria envenenado Wolfgang Amadeus Mozart por inveja da música deste. Rimsky-Korsakov incorporou citações musicais do Requiem e de Don Giovanni na partitura. Richard Taruskin inseriu esta ópera dentro do contexto histórico do desenvolvimento da tradição realista na ópera russa.

Nikolay Andreyevich Rimsky-Korsakov (em russo: Николай Андреевич Римский-Корсаков; Tikhvin, 18 de março de 1844 — Lyubensk, 21 de junho de 1908) foi um militar, professor, e compositor russo. Um mestre em orquestração. A sua mais conhecida composição orquestral Capriccio Espagnol, e a suíte sinfônica Scheherazade são considerados básicos do repertório de música clássica. Foi membro nacionalista do Grupo dos Cinco, juntamente com Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Modest Mussorgsky.

A primeira performance foi realizada no Teatro Solodovnikov, em Moscou, com a Ópera Russa Privada de Moscou, em 7 de dezembro de 1898 (no calendário antigo, 25 de novembro), regida por Iosif Truffi. Fyodor Chaliapin, que originalmente faria o papel de Salieri, teria cantado a peça como um monodrama, na medida em que o papel de Mozart estava dentro de sua amplitude vocal. A ópera estreou no continente americano em Forest Park, Pensilvânia, nos Estados Unidos, no ano de 1933.

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Música Clássica

O Messias (Messiah) - Georg Friedrich Handel

 

O Messias (Messiah) (HWV 56, 1741) é um oratório/oratória de Georg Friedrich Händel com 51 movimentos divididos em 3 partes, durando entre cerca 2h 15min e 2h 30min. Deve notar-se, desde já, que o tempo varia em função das diferentes interpretações (como qualquer outra composição musical que se mede por compassos e não por minutos).

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Embora o 42ª movimento (o célebre "Aleluia") seja reconhecível por qualquer pessoa (mesmo não sabendo a que obra pertence ou que compositor a escreveu), o "Messias" não é tão conhecido na sua totalidade como merecia. A maior parte das vezes, os programas de concertos apenas escolhem alguns movimentos (recitativos, árias e corais), perdendo assim o sentido integral e unitário da obra. Se a "fama" e o grau de popularidade fossem critérios válidos de apreciação estética, considerar-se-ia a mais famosa criação de Händel.

Por razões de economia de tempo e em virtude das práticas artísticas da segunda metade do séc. XIX e primeira do séc. XX, algumas edições e interpretações do "Messias" apresentam-se divididas apenas em 2 partes e com inúmeras variantes. A oratória foi concebida como um tríptico, sublinhando simbolicamente a importância do nº 3 na cultura teológica. Da mesma forma, o número de músicos pensado pelo compositor para a sua interpretação era muito menor do que habitualmente se assiste nos grandes concertos (rondariam os 60 músicos, incluindo coro, orquestra e solistas). Felizmente, existem já várias interpretações / gravações que se regem pelo rigor e respeito historicista, baseando-se em estudos multidisciplinares de forma a reproduzirem o mais fielmente possível as práticas musicais da época.

No "Messias" assistimos a diversos relatos em torno Jesus Cristo desde a sua anunciação profética, o seu nascimento, vida, morte e ascensão. vide: céu.
Assim: 1ª Parte - Apresenta a profecia e o nascimento de Jesus; 2ª Parte - Relata episódios da Paixão, culminando no coral "Aleluia"; 3ª Parte - Descreve o tema da Redenção.

Em 1741, Händel recebeu um convite de Lord Lieutenant da Irlanda para ajudar a angariar dinheiro para três instituições de caridade de Dublin através de apresentações musicais. Embora doente nessa época, Händel estava determinado a compor um novo oratório sacro para a ocasião, pedindo a Charles Jennens (libretista de Saul e Israel in Egypt) um tema apropriado. Jennens respondeu com uma criteriosa recolha de versículos e escrituras do Velho e Novo Testamentos arranjados num "argumento" em três partes (como ele o descreveu). O resultado foi o mais conhecido e amado oratório de Händel. A obra estreou-se em Dublin, no período da Páscoa de 1742.

À epoca, o texto suscitou controvérsia com jornais ponderando sobre sua natureza "blasfema". A obra acabada, contudo, teve outra receptividade, sendo elogiada em Berlim e depois em Londres. Händel fez várias revisões subsequentes, incluindo uma versão criada em 1754 para o "Thomas Coram's Foudling Hospital" (fundação para a educação de crianças abandonadas à qual Händel passa a dedicar mais tempo a partir de 1749). Atualmente ainda é um obra muito apreciada e requisitada para os eventos natalícios, embora frequentemente apenas a 1ª Parte e o "Aleluia" (com que encerra a 2ª Parte) sejam interpretados, não respeitando a integridade da oratória.

A tradição historiográfica romântica registou, deturpadamente, que quando na primeira apresentação do "Messiah" em Londres - onde o rei de Inglaterra, George II, estava presente - o coro começou a entoar as primeiras notas do "Aleluia", o rei, embevecido e impressionado com a portentosidade e a beleza daquela música, automaticamente levantou-se de sua poltrona. Quando os presentes viram que o rei estava em pé, toda a audiência ergueu-se (ninguém permanece sentado na presença do rei em pé protocolo real). Explicar-se-ia, deste modo, o costume da platéia permanecer em pé durante a execução do "Aleluia" do "Messias" de Händel.

No entanto, não há provas desse episódio. Segundo a Wikipedia em inglês: "The custom of standing for the "Hallelujah" chorus originates from a belief that, at the London premiere, King George II did so, but there is no convincing evidence that the king was present, or that he attended any subsequent performance of Messiah; the first reference to the practice of standing appears in a letter dated 1756").

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Griselda - Antonio Lucio Vivaldi


Griselda (RV718) é uma ópera em três atos do compositor veneziano Antonio Vivaldi (1678-1741). Baseada em uma história do Decameron de Boccaccio, tem libreto de Carlo Goldoni, adaptado de um libreto precedente, de Apostolo Zeno, e musicado pela primeira vez por Antonio Maria Bononcini. Essa primeira versão havia sido encenada em Milão, no Regio Ducal Teatro, em 26 de dezembro de 1718. Alessandro Scarlatti também musicou o libreto de Zeno em 1721 e sua Griselda é a última ópera do compositor que chegou até nós em versão completa.

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Vivaldi reservou o personagem título de sua Griselda para a contralto (em termos modernos, mezzo-soprano) Anna Girò, que era próxima do compositor, tanto musical quanto pessoalmente (alguns a chamavam, maliciosamente "l’Annina del Prete rosso": a Aninha do padre ruivo). Esse foi o primeiro papel de protagonista desempenhado por Girò em uma ópera de Vivaldi.

Foi com Griselda que Vivaldi, antes considerado "plebeu" demais para ser ouvido na maioria dos teatros venezianos, finalmente conseguiu penetrar nesse fechado círculo, graças a mudanças políticas e artísticas ocorridas no período. Sua ópera foi apresentada pela primeira vez no Teatro San Samuele, em Veneza, em 18 de maio de 1735.

Anos antes do início da ação que ocorre em cena, Gualtiero, rei da Tessália, havia se casado com uma pobre camponesa de nome Griselda. Mas o casamento se mostrou profundamente impopular dentre os súditos do monarca. Quando nasceu Costanza, a filha de Gualtiero e Griselda, o rei simulou sua morte, enviando-a secretamente para ser criada por Corrado, príncipe da Apúlia.

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Música Clássica

A Sagração da Primavera - Igor Stravinsky




Le Sacre du printemps (A Sagração da Primavera; em russo: Весна священная; transl.: Vesna svyashchennaya), com o sub-título de Quadros da Rússia pagã em duas partes, é um balé composto por de Igor Stravinsky e coreografado originalmente por Vaslav Nijinsky. A concepção de cenografia e os figurinos foram de Nicholas Roerich. O balé foi produzido por Sergei Diaghilev para a sua companhia de Ballets Russes, tendo estreado no Teatro dos Campos Elísios de Paris, em 29 de maio de 1913.

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As inovadoras e complexas estruturas rítmicas da música, os timbres e o uso de dissonâncias fizeram dele um seminal da composição do século XX. Em 1973, o compositor e maestro Leonard Bernstein disse em uma passagem: "Esse papel tem sessenta anos de idade... Também tem as melhores dissonâncias que alguém poderia ter imaginado e as melhores assimetrias e politonalidades já feitas, seja qual for o nome que você lhe queira dar." 

A execução da obra dura cerca de 33 minutos.

Enquanto que o título russo, literalmente, significa "fonte sagrada", o título inglês é baseado no título francês sob o qual a obra estreou, embora sacre seja mais precisamente traduzida como "consagração". Ele tem o subtítulo Retratos da Rússia Pagã (francês: Tableaux de la Russie païenne).

As versões divergem sobre a origem do conceito de A Sagração da Primavera. Já velho Stravinsky disse que a concepção veio até ele em um sonho. Mas fontes da época sustentam que a ideia surgiu com o filósofo e pintor russo Nicholas Roerich. Roerich compartilhou sua ideia com Stravinsky em 1910, uma visão fugaz de um ritual pagão no qual uma jovem dança até a morte. Juntos, Roerich e Stravinsky elaboraram um cenário de danças pagãs na Rússia pré-cristã. Roerich retratou a partir de cenas de ritos históricos para inspiração e usou uma pesquisa da cultura russa para criar os cenários e figurinos para completar a imagem do paganismo russo.

O mais antigo conceito de Stravinsky para a música de A Sagração da Primavera veio na primavera de 1910. Stravinsky escreve: "... surgiu a imagem de um ritual sagrado pagão: os sábios anciãos estão sentados em um círculo e estamos observando a dança antes da morte da menina a quem eles estão oferecendo como um sacrifício ao deus da Primavera, a fim de ganhar a sua benevolência. Isto tornou-se o tema de A Sagração da Primavera.

Enquanto compunha O Pássaro de Fogo, Stravinsky começou a formar as idéias para a peça, contando com a ajuda de Roerich. Apesar de ter sido desviado por um ano enquanto ele trabalhava em Petrushka (que tinha a intenção de ser uma luz burlesca como um alívio do trabalho orquestral intenso já em andamento), A Sagração da Primavera foi composta entre 1912 e 1913 pelo Ballets Russes de Sergei Diaghilev.

Diaghilev confiou a coreografia do balé a Vaslav Nijinsky, bailarino da companhia masculina. Nijinsky concebeu um estilo de dança completamente original para o balé, que enfatizava movimentos staccato de terra com os pés voltados para dentro. Foi uma mudança radical do balé como era conhecido na época. Nijinsky experimentou problemas consideráveis ​​em transmitir suas ideias para seus colaboradores e em ensinar os passos para os dançarinos. Stravinsky escreveria mais tarde em sua autobiografia sobre o processo de trabalho com Nijinsky na coreografia, afirmando que "o pobre rapaz não sabia nada de música" e que Nijinsky "tinha sido confrontado com uma tarefa além de sua capacidade." Enquanto que Stravinsky elogiava o incrível talento de Nijinsky na dança, ele estava frustrado por trabalhar com ele na coreografia.

Essa frustração foi retribuída por Nijinsky em relação à atitude paternalista de Stravinsky: "... tanto tempo é desperdiçado quando Stravinsky pensa que ele é o único que sabe alguma coisa sobre música. Quando trabalha comigo, ele explica o valor das notas pretas, das brancas, e afins como se eu nunca tivesse estudado música... Eu queria que ele falasse mais sobre a sua música de “Sacre”, e não que me desse uma palestra sobre a teoria musical. 

O arqueólogo e pintor Nicholas Roerich contribuiu com a cenografia e os figurinos, que foram descritos em um artigo de 2002 Ballet Magazine como "batas pesadas, pintadas à mão com símbolos [primitivos] de círculos e quadrados". 

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